sexta-feira, 24 de novembro de 2017

"Será que é tempo que lhe falta pra perceber? Será que temos esse tempo pra perder? E quem quer saber? A vida é tão rara, tão rara" (Lenine/Dudu Falcão)Há alguns dias fazia uma leve caminhada num parque ecológico próximo à minha casa, lugar que gosto demais e de onde guardo boas e belas lembranças. Enquanto caminhava sozinha e escutava música no modo aleatório, começou a tocar a tão conhecida "Paciência", de Lenine e Dudu Falcão. Nesse momento fiz uma breve reflexão sobre aquela letra, tão poética e profunda. Parei um instante pra tirar esta foto ao lado. Pensei no quanto aquela pausa era significativa para mim, para a minha necessidade de contato íntimo e solitário com a minha alma, com a minha essência. Senti alegria verdadeira, por poder contemplar a natureza, por estar viva e desfrutar daquela simplicidade com felicidade, por poder pausar uma vida agitada, cheia de prazos, angústias, inquietações, preocupações... estava plena por simplesmente poder VIVER aquele momento. Segui o meu percurso até o fim com o mesmo sentimento, a gratidão por poder desfrutar e fazer frutificar o meu contato comigo mesma. Uma hora de pausa, de descanso pra mente e pro corpo tenso e travado pelo peso de viver em tempos tão sombrios, tão carentes de amor, de afeto, de respeito, de tolerância. Uma hora de amor por mim mesma cujo preço não se paga. Viver é gratuito. Ser feliz, também.

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